A psicopedagoga e professora do curso de pedagogia do IBMR, Cristiane Bastos, orienta pais e responsáveis sobre o uso do aparelho que virou o novo “brinquedo” dos pequenos

No dia 12 de outubro o presente delas, caro ou barato, é quase de lei. A atenção, o carinho e o amor pelas crianças é o que importa. Mas, quando se trata de permitir que elas tenham ou utilizem um celular é fundamental que os pais ou responsáveis levem em consideração a idade da criança e tomem cuidados que ajudem a garantir o uso saudável e responsável desta tecnologia.

Um fato é que celular não pode ser encarado como um simples brinquedo. “O celular acaba sendo responsável pela falta de interação com outras crianças e com o ato de brincar. Ela fica muito tempo interagindo somente com a tela”, alerta a professora do curso de pedagogia do Centro Universitário IBMR, Cristiane Bastos.

Este processo, Cristiane define como “trabalho com o próprio universo da infância, que se baseia em explorar espaços”. O apego dos pequenos com o celular foi potencializado durante a pandemia, quando as crianças precisaram ficar muito tempo em casa, focadas em telas e aparelhos. “As crianças pararam que querer brincar”, lamenta.

E segue mais alerta: “Às vezes, isso é bem conveniente para os próprios pais e responsáveis, pois a criança com um celular fica quieta, não perturba… Enquanto que ela poderia estar em um espaço explorando o mundo, pintando, desenhando, dançando, pulando, cantando, em contato com a natureza, com os outros”, exemplifica a professora do IBMR, que integra o Ecossistema Ânima.

Porém, decidindo pelo mimo tecnológico como presente, a professora enumera que os pais e responsáveis devem ter os seguintes cuidados junto dos filhos:

1 – Leve em consideração a idade: se é uma criança muito pequena, até 5 anos, é desaconselhável autorizar o uso do celular. É melhor incentivar o uso de brinquedos.

2 – Estabeleça limites, combinados de uso: o que as crianças podem utilizar no celular: games, pesquisas escolares?

3 – Oriente a criança sobre os riscos dos perigos virtuais: fique sempre atento na segurança e bloqueios na interação por meio do aparelho.

4 – Cuide para não gerar uma dependência ou vício com o aparelho: incentive sempre os espaços livres para o brincar e a interação com outras crianças.

5 – Estabeleça o tempo de utilização: até 1h por dia, por exemplo, somente à tarde ou após terminar as tarefas da escola.